Por Sandra Monteiro, da Redação
O assédio nas ruas é uma realidade que afeta mulheres de todas as idades e classes sociais, criando um ambiente de insegurança e limitando o direito fundamental de ir e vir. Esse tipo de violência cotidiana pode ocorrer de diversas formas, desde comentários de comportamentos inapropriados até mais invasivos, gerando medo e desconforto. O impacto desse problema vai além do momento do assédio em si, afetando a saúde mental e o bem-estar das mulheres, que passam a evitar certos locais ou mudar rotinas para se sentirem mais seguras.
Para enfrentar esse desafio, várias iniciativas têm surgido visando tornar os espaços públicos mais acolhedores e seguros. As campanhas de conscientização têm desempenhado um papel importante, incentivando tanto homens quanto mulheres a se posicionarem contra o assédio. Ações como essas ajudam a desnaturalizar comportamentos abusivos, promovendo uma cultura de respeito.
No campo do urbanismo, o planejamento de cidades mais seguras também é uma estratégia poderosa. A iluminação adequada das ruas, a criação de áreas de lazer com boa visibilidade e a presença de policiamento ostensivo são exemplos de como o design urbano pode contribuir para a segurança das mulheres. Além disso, há um movimento crescente em prol de cidades mais inclusivas, onde as mulheres têm voz ativa no planejamento de seus bairros e
A tecnologia também tem sido uma aliada na busca por segurança. Aplicativos que permitem o compartilhamento de localização em tempo real e iniciativas que incentivam o registro de assédio são ferramentas úteis para que as mulheres se sintam mais protegidas e amparadas. Paralelamente, as políticas públicas têm evoluído, com a criação de leis específicas e programas de apoio às vítimas de violência, além de iniciativas que visam educar a sociedade sobre a importância de espaços públicos livres de assédio.
Essas ações, combinadas, mostram ser possível construir ambientes mais seguros e igualitários, onde todas as pessoas, independentemente de gênero, possam transitar livremente, sem medo de serem assediadas.
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