Segunda exposição urbana do projeto “Direito à Memória” chega ao Musa

Segunda exposição urbana do projeto “Direito à Memória” chega ao Musa

Com informações da Assessoria

Acontece neste sábado (14), a segunda intervenção urbana do projeto “Direito à Memória – Outras Narrativas”. Desta vez, a exposição “Rede de cores ancestrais – A RETOMADA” chega ao Museu da Amazônia (Musa) e ficará em exibição por 30 dias. Na abertura, que acontece a partir das 10h, ocorrerá o debate “A arte e a história para um direito à memória”, com a artista visual e diretora artística do projeto Keila-Sankofa e a historiadora e pesquisadora Patrícia Melo, que é referência no estudo da presença negra na Amazônia e atua como suporte historiográfico do projeto.

Para participar do diálogo, o público deve realizar as inscrições através do link: https://docs.google.com/forms/d/1EpDoKwKJuEG44-7MP30cGLuuQDb_CdrJRx8Q0Qngqns/viewform?edit_requested=true.

O evento será transmitido ao vivo através do canal do Museu da Amazônia, no YouTube, com acesso pelo endereço: https://www.youtube.com/@MuseudaAmazonia.

No último dia 12 de setembro, as obras em bandeiras com imagens e histórias de pessoas pretas e indígenas presentes na Amazônia foram instaladas ao redor da árvore Angelim de mais de 500 anos.

Sobre o projeto

Idealizado pela artista visual e diretora artística Keila-Sankofa, o projeto transmídia utiliza a força da arte para resgatar e recontar as histórias de personalidades negras que foram silenciadas e apagadas das narrativas oficiais.

“O Direito à Memória é um projeto artístico que desde 2019 realiza um enfrentamento contra as combinações e projetos de apagamento que se perpetuam, além de propor através da arte em parceria com a história, um olhar ampliado que narra e retifica referências negativas impostas às populações negras e indígenas no território Amazônico”, conta Keila-Sankofa.

A atividade consiste em realizar fabulações das histórias de pessoas pretas e indígenas fotografadas no século 19, que não possuem nome, nem sobrenome nos registros históricos. A equipe realizou modificação digital de expressão e colorização dessas imagens, foi realizada ainda, a produção de histórias possíveis para essas pessoas.

Primeira intervenção artística

A primeira exposição do projeto “Direito à Memória – Outras Narrativas”, aconteceu no Largo São Sebastião. As bandeiras foram expostas ao redor do espaço, juntamente com os QR codes que liberam áudios narrados com as histórias de vida e características semelhantes às dos retratados.

O designer Luiz Nascimento, foi o profissional responsável pela  colorização e restauração das fotos. Ele ainda realizou a suavização das expressões fotografadas, trazendo a humanização e a vida dessas pessoas.

Pesquisa

O projeto “Direito à Memória – Outras Narrativas” se ergue como um farol da memória viva na Amazônia. Utilizando-se da arte, da história e da pesquisa, a intervenção urbana resgata e rememora a trajetória de pessoas pretas e indígenas registradas fotograficamente de forma violenta e desrespeitosa, no século 19.

A historiadora e pesquisadora Patrícia Melo, que é referência no estudo da presença negra na Amazônia, atua como suporte historiográfico do projeto. Há décadas, a historiadora realiza um trabalho meticuloso que busca recuperar personagens, sujeitos históricos, normalmente tratados como pessoas menos importantes pelas narrativas tradicionais.

“Este projeto foi fomentado pelo PROGRAMA FUNARTE RETOMADA 2023 – ARTES VISUAIS”.

 

Foto – Divulgação

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