Por Sandra Monteiro
O Mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Embora seja uma doença que pode afetar tanto homens quanto mulheres, estudos recentes sugerem que as mulheres podem ter um risco maior de desenvolver a doença.
Nos últimos anos, houve uma preocupação crescente com o aumento do diagnóstico de Mal de Alzheimer em mulheres. Vários estudos epidemiológicos sugerem que as mulheres têm uma maior prevalência e um risco aumentado de desenvolver a doença em comparação aos homens. Embora as razões exatas para essa disparidade de gênero ainda não sejam completamente compreendidas, há várias teorias que tentam explicar essa associação.
Uma das teorias é que as mulheres têm uma expectativa de vida mais longa do que os homens, e o risco de desenvolver o Mal de Alzheimer aumenta com a idade. Além disso, as diferenças hormonais entre homens e mulheres, especialmente durante a menopausa, podem desempenhar um papel importante na suscetibilidade à doença.
No Brasil, o envelhecimento da população levou a um aumento significativo nos casos de Mal de Alzheimer. Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 1,2 milhão de brasileiros tenham a doença, sendo que aproximadamente 70% são mulheres. Esses números destacam a importância de entender a relação entre o gênero feminino e o Mal de Alzheimer.
A nível global, o Mal de Alzheimer representa um dos maiores desafios de saúde pública do século XXI. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o mal, e esse número deve triplicar até 2050. Embora não haja uma estimativa exata da proporção, pesquisas mostram que a maioria dos casos de Mal de Alzheimer ocorre em mulheres.
Além disso, estudos epidemiológicos em diversos países demonstram que as mulheres têm uma maior prevalência da doença em comparação aos homens. Um estudo publicado na revista “Alzheimer’s & Dementia” em 2019 mostrou que as mulheres têm um risco aproximadamente 1,5 vezes maior de desenvolver o que os homens.
Mal de Alzheimer: Identificação, Tratamento e Medidas Preventivas
O Mal de Alzheimer afeta principalmente a memória, o pensamento e o comportamento. E, infelizmente, não possui cura. No entanto, com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível retardar a progressão dos sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, há evidências de que certos cuidados e hábitos saudáveis podem ajudar a prevenir o surgimento da doença.
O diagnóstico do Mal de Alzheimer envolve uma avaliação clínica detalhada, que inclui a análise dos sintomas, histórico médico e familiar, além de testes cognitivos e imunológicos. Os sintomas iniciais geralmente incluem perda de memória recente, dificuldade de concentração, desorientação no tempo e espaço, dificuldade na realização de tarefas familiares e mudanças no humor e comportamento. É importante observar que esses sintomas também podem ser causados por outros problemas de saúde, portanto, é essencial buscar um diagnóstico médico adequado.
Atualmente, não há cura para o Mal de Alzheimer, mas existem opções de tratamento que podem ajudar a controlar os sintomas e retardar sua progressão. Os medicamentos disponíveis podem melhorar a função cognitiva, estabilizar o humor e reduzir a ansiedade. Além disso, a terapia ocupacional e a estimulação cognitiva são frequentemente recomendadas para ajudar os pacientes a manterem suas habilidades funcionais e qualidade de vida. O apoio psicossocial e os envolvimentos da família também desempenham um papel fundamental no cuidado dos pacientes com Mal de Alzheimer.
Prevenção
Embora não haja uma forma garantida de prevenir o surgimento do Mal de Alzheimer, algumas medidas podem ser adotadas para reduzir o risco. Estudos mostram que a adoção de um estilo de vida saudável pode ter um impacto significativo na saúde do cérebro. Isso inclui manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e vitaminas saudáveis, como o ômega-3 encontrado em peixes, praticar exercícios físicos regularmente, manter a mente ativa com desafios cognitivos, como leitura, palavras-cruzadas e quebra-cabeças, controlar a pressão arterial e diabetes, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de manter uma vida social ativa.