Por Sandra Monteiro
Nesta sexta-feira, 27 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do aguardado Censo Demográfico de 2022, trazendo uma notícia que marca um momento histórico para o Brasil: pela primeira vez, em cinco décadas, as mulheres representam a maioria da população em todas as grandes regiões do país. Esse dado não reflete apenas mudanças demográficas significativas, mas também ressalta o avanço das mulheres em diferentes esferas da sociedade brasileira.
Segundo o IBGE, o Censo de 2022 revelou que as mulheres representam agora 50,5% da população total do Brasil. Esse marco simboliza uma reviravolta demográfica notável em relação aos últimos 50 anos, em que os homens eram numericamente superiores. Esse aumento no número de mulheres pode ser atribuído a uma série de fatores, incluindo avanços na saúde e na qualidade de vida, bem como melhorias nas oportunidades educacionais e profissionais para as mulheres.
O principal indicador usado pelo IBGE nessa categoria censitária é chamado “razão de sexo”, que leva em consideração o número de homens em relação ao de mulheres. Se o número for menor do que 100, há mais mulheres. Se for maior do que 100, há mais homens. Se em 1980, havia 98,7 homens para cada 100 mulheres, em 2022 essa proporção passou a ser de 94,2 homens para cada 100 mulheres.
Na divisão por regiões, a razão de sexo do Norte era 103,4 em 1980. No último Censo, em 2010, era 101,8. Agora, é 99,7. No Nordeste, considerando os mesmos anos, passou de 95,8 para 95,3 e agora é 93,5. No Sudeste, de 98,9 para 94,6 e 92,9. No Sul, de 100,3 para 96,3 e 95,0. E no Centro-Oeste de 103,4 para 98,6 e 96,7.
Quando se consideram os grupos etários no Brasil, a proporção de homens é maior entre o nascimento e os 19 anos de idade. Entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária e a proporção continua crescendo nas idades mais avançadas. O IBGE explica a diferença inicial pelo número maior de nascimentos de crianças do sexo masculino. E a mudança na idade adulta pelas taxas maiores de mortalidade masculina na juventude.
A tendência de as mulheres se tornarem majoritárias se estende por todo o território brasileiro, com algumas variações regionais notáveis. Confira, abaixo, a situação nos principais estados:
São Paulo: As mulheres representam 51,2% da população total do estado, consolidando uma maioria significativa.
Rio de Janeiro: Com uma maioria de 50,8%, o Rio de Janeiro também contribui para essa tendência regional.
Bahia: As mulheres compõem 50,5% da população, mantendo um equilíbrio quase perfeito entre os gêneros.
Pernambuco: As mulheres representam 50,9% da população, marcando uma mudança notável na região.
Rio Grande do Sul: As mulheres específicas 50,3% da população, estabelecendo uma maioria sólida.
Paraná e Santa Catarina: Ambos os estados apresentam uma maioria feminina com 50,6% da população.
Goiás e Mato Grosso: As mulheres se destacam numericamente com 50,7% da população, sinalizando uma tendência na região.
Distrito Federal: As mulheres representam 51,1% da população, marcando uma maioria expressiva.
O Censo Demográfico de 2022 do IBGE oferece uma visão detalhada da demografia do Brasil, destacando o aumento no número de mulheres em todas as grandes regiões do país. Essa mudança significativa não reflete apenas avanços nas condições de vida e oportunidades para as mulheres, mas também reforça a importância de políticas que promovam a igualdade de gênero e o empoderamento feminino.
É necessário que essa nova realidade seja acompanhada de políticas públicas que continuem a apoiar e promover os direitos das mulheres em todas as esferas da sociedade, garantindo que essa maioria demográfica se traduza em uma maior representatividade e influência das mulheres em todos os setores da sociedade brasileira.
Com informações do site www.terra.com.br